No dia 18 de janeiro o porta voz do consórcio formado pelas empresas espanholas Gransolar e Acciona e a Italiana Ghella anunciou a celebração com o Department of Energy & Water Agency – DEWA e Abu Dhabi’s renewable energy Company – Masdar em Dubai, do contrato para a construção da terceira etapa do que será a maior usina fotovoltaica do mundo com capacidade de 800 MW.
Conforme o site da DEWA, desde 2013 o parque solar Mohammed bin Rashid Al Maktoum possui instalações com uma capacidade de 13 MW, e está em execução uma segunda fase com capacidade aproximada de 200 MW com previsão de conclusão até abril 2017. A terceira etapa será a construção da usina fotovoltaica com capacidade de 800 MW até o primeiro semestre de 2020. Após a conclusão a capacidade total do sistema será de 1.054 MW.
O projeto completo prevê que o parque solar possua uma capacidade total de 5.000 MW instalados até 2030, considerando um investimento superior a US$ 13 bilhões.
O contrato foi celebrado em dezembro de 2016, porém a notícia somente foi divulgada na data de 18 de janeiro durante a Abu Dhabi Sustainability Week 2017, considerado um dos maiores eventos sobre energia renováveis do mundo.
Em junho de 2016 a DEWA informou que este projeto se somará a outra usina solar com capacidade de 1.000 MW, neste novo projeto será utilizada a tecnologia solar de concentração Concentrated Solar Power – CSP.
O projeto da usina solar fotovoltaica foi contratado na modalidade “turn key” – chave nas mãos – e tem sua conclusão prevista para o primeiro semestre de 2020. Está usina é parte do projeto de inserção de energias renováveis na matriz energética do Emirado de Dubai. Devendo chegar a 7% de sua energia a partir de fontes renováveis até 2020 e aumentar este percentual para 75% em 2050.
Os números são impressionantes. Serão utilizados 3 milhões de módulos fotovoltaicos com dispositivo de rastreamento para acompanhar o movimento do sol, aumentando assim a eficiência, cobrindo uma superfície superior a 17 km2, evitando a emissão de 1,4 milhão de toneladas de CO2 anualmente.
Só para efeito de comparação a superfície da usina fotovoltaica equivale a mais de 2400 vezes a área do campo do Estádio Maracanã. E quando estiver operando será capaz de alimentar a uma cidade de aproximadamente 400.000 residências, ou seja, equivalente a 1,5 milhões de habitantes.
Para efeito de comparação a usina de Itaipu tem capacidade geradora de 14 vezes mais – são 20 unidades geradoras com 700 MW cada. E a área do lago (área inundada) é de 1.350 km2, equivalente a 75 vezes a área da usina fotovoltaica em Dubai.
De acordo com a Nota Técnica DEA 13/15, atualmente a geração fotovoltaica distribuída tem uma contribuição inexpressiva para o Sistema Interligado Nacional – SIN, porém previsão para 2030 da energia fotovoltaica distribuída é de 1,3% do SIN, representando uma capacidade de geração 1.500 MW. E para 2050 a previsão é de 5,7% do SIN, representando uma capacidade de geração de quase 12.000 MW. Isto é equivalente a 12 usinas fotovoltaicas do porte da em construção em Dubai.
Estes números demonstram a capacidade de crescimento da energia fotovoltaica distribuída no Brasil. E de como já está inserida no planejamento energético brasileiro.
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